Foi só nós estudantes sairmos de férias da universidade que a destruição ambiental começou a acontecer indiscriminadamente na UFES com o aval dos poderosos diretores dos CCHN e CCE. Várias árvores mais uma vez foram cortadas com inúmeras desculpas...até mesmo a nossa hortinha coletiva entre o IC2 e IC1 que nós estudantes de vários cursos plantávamos com mudas ou sementes, regávamos com água pelas manhãs e cuidávamos dia a dia das diversas plantas medicinais e alimentos foram cortadas com a desculpa que tinha muito mato e tava descuidada. Mas nela continha boldo, hortelã, quiabo, tomate, pimenta, abóbora, feijão, mamão, mostarda, manjericão, salsinha, capim cidreira, babosa dentre outras que não me recordo, isso tudo sem falar nos pequenos pezinhos de amora e de manga(tem mais um) que foram cortados, somente restando o jatobá (que já tentaram matar). Que lógica é essa? A lógica da homogeneização do espaço do campus(vegetação padrão, cidadão padrão), plantar espécies ornamentais com a desculpa de reflorestamento, destruir uma horta em que era utilizada por alunos, professores, funcionários e demais sujeitos, cortar as árvores interferindo num micro clima agradável e fresco que sua sombra proporciona...com esse calor que a cidade passa toda concretizada, assim como os inúmeros prédios levantados no campus desproporcional as árvores(onde os pássaros vão morar, nos prédios?). Solução: a, sim vamos então colocar ar condicionados nas salas de aula! Que idéia boa...hahaha. Estamos numa era na UFES (e nas outras universidades) em que os anseios dos alunos são quase sempre deixados em segundo plano, e o que faremos? É preciso bater de frente contra esse sistema que estamos passando nos resistindo em nossas ações, como ocorreu na UFRRJ em que a galera ocupou vários espaços do campus fazendo experiências em agroecologia, agrofloresta...afinal lá é uma universidade rural e mesmo assim enfrentou grandes resistências dos poderosos que mandam e desmandam no campus, mas hoje mantém espaços graças a luta, resistência e amor a natureza em que fazem parte. Na UFF o Mutirão de Agricultura Ecológica- MAE ocupa um espaço no qual fazem experimentos agroecológicos e agroflorestais em hortas, que é conhecido como Espaço Aroeira e teve a árvore de mesmo nome cortada para se levantar prédios ao entorno. Enfim são inúmeros casos que podemos citar, e agora vamos continuar na resistência ou deixa-los que eles nos vençam? Desde que entrou na UFES, repare quantas árvores foram cortadas, quantas foram plantadas, quantas prédios e concretos foram se instalando?
FAROFA - CENTRO ACADÊMICO LIVRE DE GEOGRAFIA -CALGEO
Sem exagero
Há um dia
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