quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Da Palestina para a coca-cola

Vários políticos já usaram o futebol como parte de suas plataformas. Foi assim com Mussolini, com a ditadura brasileira e argentina, com Hugo Chavez... Mas e o contrário: usar o futebol como manifestação política. Na Europa é muito comum gritos de resistência não serem silenciados. Mas no Brasil...

Existe no Nordeste, mais precisamente no Ceará, a torcida do Ferroviário chamado Resistência Coral. No jogo de disputa por uma vaga na final do primeiro turno, contra o Maranguape, os fanáticos levaram uma faixa de apoio à Palestina. A censura não demorou a chegar. E o mais engraçado é que faixa da coca-cola pode...

Confira a nota oficial da torcida:

No último sábado (14/02/2009), durante a partida Ferroviário x Maranguape no estádio Plácido Castelo (Castelão), valendo pela fase semi-final do 1° turno do Campeonato Cearense de Futebol, aconteceu um fato condenável. A torcida organizada Resistência Coral mais uma vez teve um de seus materiais censurados. Nesta ocasião tratou-se de uma bandeira que contém os seguintes dizeres "Resistência Palestina".

Antes do início da partida, a torcida organizada estendeu ao longo das arquibancadas algumas de suas faixas e bandeiras, como costumeiramente faz. No decorrer do primeiro tempo do jogo policiais pertencentes ao Batalhão de Choque aproximaram-se dos membros da Resistência Coral e, para o espanto destes e de outros torcedores corais, deram o aviso/a ordem de que a referida bandeira não poderia ficar exposta; estava proibida! Buscando entender o motivo da proibição os membros da Resistência Coral ouviram do capitão da Polícia Militar que a ordem tinha partido da administração do estádio e que a mesma alegava que a bandeira tratava-se de uma manifestação política e, por isto, não era permitida. Pasmos, os membros da torcida ainda argumentaram contra esta arbitrariedade, mas foi em vão.

Esta não é a primeira vez que a Resistência Coral foi censurada. Em mais de uma ocasião a faixa com os dizeres "Nem guerra entre torcidas, nem paz entre classes" teve que ser retirada a mando do policiamento presente nos estádios. Em 2006, na primeira vez que isto ocorreu, a polícia chegou também a rasgar com um punhal uma bandeira da torcida que continha o símbolo da foice e martelo, afirmando que "não permitirá mais referências ao comunismo nas laterais do campo".

No início de 2008 membros da Resistência Coral impetraram um mandado de segurança preventivo com pedido de liminar, a fim de combater tais arbitrariedades e evitar futuras repressões, buscando o direito respaldado pela Constituição Federal à livre manifestação de pensamento. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

Um comentário:

  1. Frederic Kanouté mostró una camiseta negra en señal de apoyo a Palestina durante la celebración del segundo gol que anotó el conjunto hispalense ante el Deportivo en la primera mitad del partido de ida de los octavos de final de la Copa del Rey.

    El delantero de Mali se levantó la camiseta del Sevilla y mostró una de color negro en apoyo al pueblo palestino. El árbitro Mateu Lahoz, en cumplimiento de la reglamentación, le enseñó la cartulina amarilla. Además, esta acción del sevillista puede acarrearle una posterior multa, ya que esta prohibido exhibir camisetas con lemas políticos o religiosos en los terrenos de juego.

    El ariete africano, que no levantó sus dedos al cielo como suele ser habitual, prefirió solidarizarse con el pueblo palestino en estos duros momentos por los que atraviesa en su conflicto con Israel.

    http://archivo.marca.com/edicion/marca/futbol/copa_del_rey/es/desarrollo/1196825.html

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