sábado, 28 de fevereiro de 2009

[Grécia] Restaurante estudantil é ocupado na Universidade de Creta

Nós não queremos um pedaço de pão.
Queremos toda a padaria!

Em um sistema social onde tudo é negócio e às nossas necessidades, até as mais vitais, tornam-se mercadoria, a comida é mais um aspecto da especulação financeira. E as universidades não são, infelizmente, nenhuma exceção, onde os empresários se tornam ricos, explorando as necessidades de milhares de estudantes. Oferecendo uma comida de má qualidade, muitas vezes pré-aquecidas etc., estas empresas não se diferenciam em nada de outros restaurantes fast-food do estilo McDonald's.

Nestes restaurantes as pessoas trabalham sob condições muito duras e exaustivas, precárias, com contratos temporários e com o fantasma do desemprego sempre sobre suas cabeças.

Hoje (26 de fevereiro) temos ocupado o restaurante da Universidade de Creta, para distribuir gratuitamente refeições a todos seus alunos. Nosso ato é uma sugestão ativa, contra a estrutura deste sistema, propondo no lugar do individualismo e da ignorância, a ação coletiva e solidária.

Durante a rebelião de Dezembro de 2008, mais de 250 pessoas foram detidas. Quem move a sua cabeça como se nada tivesse acontecido é cúmplice.
A ocupação foi realizada pela "Assembléia de Insurgentes de Iraklio".


agência de notícias anarquistas- ana

Semente dourada Reluz cores e formas Em terra fértil
Regina Mello

NOTA DA DIREÇÃO ESTADUAL DO MST EM PERNAMBUCO

No ultimo sábado, dia 21, quatro (4) pistoleiros foram mortos quando tentaram invadir o acampamento Consulta e assassinar o companheiro. O conflito na região vem ocorrendo desde abril de 2000, quando as fazendas Consulta e Jabuticaba foram ocupadas. De lá para cá foram vários despejos realizado pela policia militar e ameaça permanente por parte de pistoleiros e milícias armadas.

Infelizmente até hoje o INCRA, mesmo classificando as propriedades como improdutivas, não conseguiu a desapropriação das áreas, pois houve manipulação dos registros de imóveis no cartório e a fazenda Consulta foi subdividida enquanto tramitava o processo de desapropriação.

Em 2007, o conflito na região chegou a um nível bastante tenso, quando depois do cumprimento de mais uma reintegração de posse na fazenda Jabuticaba, o proprietário, contratou capangas e máquinas agrícolas para destruir mais de 120 há de lavoura das famílias acampadas.

Na ultima quinta feira, com um efetivo de 300 policiais, a Policia Militar realiza mais um despejo, simultaneamente nas duas fazendas. As famílias saem, sem resistência e acampam ao lado das fazendas, como sempre fizeram nestes oito anos de lutas pela desapropriação das áreas. Como já é de rotina, as famílias, se preparam para ocupar novamente as duas áreas, já que lá construíram suas vidas e seu sustento
Mas logo depois do despejo as famílias do acampamento Jabuticaba passam a ser sistematicamente ameaçadas. O Sr Estermilton Guedes, um dos herdeiros da fazenda jabuticaba, contrata uma milícia de pistoleiros (conforme mostrado em foto em anexo) para ameaçar as famílias e proteger a fazenda.

Sábado pela manha, as famílias reocuparam a fazenda Jabuticaba e imediatamente, sofreram as ameaças e tentativa de massacre por parte dos pistoleiros, que chegaram com muita violência (conforme fotos em Anexo). Foi solicitado apoio policial, que esteve no local e impediu que houvesse ali um massacre contra as famílias Sem Terra. Com a chegada da policia, quatro pistoleiro ficaram em um bar da Vila Monte Alegre, um povoado próximo do acampamento.

Com a saída da policia, dois companheiros saíram de moto para informar as famílias do acampamento da Consulta do ocorrido. Quando passaram pelo bar, os quatro pistoleiros, em três motos, começaram, a persegui-los. Neste momento as famílias do acampamento Consulta já estavam em alerta. Poucos segundo depois que os dois companheiros entraram no acampamento (um deles era o Aluciano), as três motos invadem o acampamento, e os pistoleiros passam a agredir com tapas Aluciano, que caiu no chão. Quando um deles ia matar Aluciano os acampados reagiram em defesa da vida de Aluciano e das famílias acampadas. Tudo isso foi, acompanhado e filmado por policias, contratado pelo dono da fazenda Consulta para fazer segurança do latifúndio.

Resultado, os quatro pistoleiros morreram e um trabalhador foi baleado. A coordenação do acampamento convocou a policia para denunciar a tentativa de massacre contra o Acampamento. Ao chegar no acampamento a policia prendeu o companheiro Aluciano e um trabalhador, seu Paulo, de 64 anos.

Hoje, as famílias acampadas estão sobre ameaça permanente, por parte da milícia armada da região. Estamos solicitando de imediato a garantia de vida para as famílias acampadas e a desapropriação das duas fazendas.

Caruaru, 23 de fevereiro de 2009.
Direção Estadual do MST-PE

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Robin Hood da selva de pedra

Comida expropriada é distribuída em bairro da classe trabalhadora


Comunicado do grupo “Robin Hood”, que expropriou comida e distribuiu em uma vizinhança da classe trabalhadora em Modesto, na Califórnia

Pessoas do Vale,

Em todo lugar o deserto do capital se expande – oferecemos um oásis para beber.

Nós, os Robin Hoods, nos responsabilizamos pelo provimento de uma massiva quantidade de comida grátis que foi deixada no parque do Distrito Aeroporto em Modesto, na última semana. A comida que foi deixada variava de arroz e feijão a outros gêneros de primeira necessidade, e estava disponível, livre de preços, para qualquer um que desejasse levá-la.

Para que as intenções de nossas ações se façam claras, deixamos uma faixa no local que se lia: “Resista a Recessão! – ROUBE OS RICOS!”. A comida foi expropriada de vários capitalistas – e dessa forma foi grátis (e muito fácil) de obter.

Optamos por distribuir a comida livremente porque o Distrito Aeroporto é uma das vizinhanças que mais sofrem pela iminente recessão. Nossas comunidades estão sofrendo pela falta de moradia e execução de hipotecas, pobreza, brutalidades policiais e poluição ambiental. Deixemos que este ato seja somente uma nota no grito da resistência que logo trará este sistema abaixo.

Acreditamos que a solidariedade, diferentemente, significa atacar inimigos comuns. Assim temos levado a cabo esta ação não somente para atacar os capitalistas diretamente e distribuir comida grátis para nosso/as amigo/as e vizinho/as, mas também para denunciar a Junta de Supervisores do Condado de Stanislaus, na qual, recentemente, derrotou pelo voto um necessário programa de troca de seringas que iria ajudar a parar a expansão do HIV e da Hepatite, e dar assistência direta para aqueles viciados em várias drogas. Esta decisão diretamente afeta aquele/as que residem na vizinhança do Distrito Aeroporto, na medida em que é uma área com alta quantidade de uso de heroína.

Também nos inspiramos, para realizar esta ação, no recente caso de Danny Armenta, 48 anos, morador de Turlock, que foi preso após tentar sair de uma loja com cerca de 100 dólares em mantimentos. Eles podem pegar um de nós, mas não podem pegar todos nós. Na medida em que a recessão aumenta, nossa resistência também deve explodir. Do iminente desemprego no vale, ao recente fechamento da Escola Média Teel no Condado de Stanislau devido aos cortes de verbas, se não começarmos a lutar diretamente – logo não teremos nada para lutar.

Em solidariedade com aquele/as das ruas da Grécia, China, Islândia, México, Estados Unidos e além, que estão lutando contra este monstro que chamamos de capitalismo.

Os Robin Hoods

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Arroto Especial "O perigo das drogas"


Este zine foi lançado logo após a ação da PM do Cheira Neves/Helô Stálin/Cretina Agustin (alguns dos mais elevados e iluminados integrantes da Máfia Mineira Cristã pela Família e pela Propriedade) que impediu a exibição do filme "Grass-Maconha" nas dependencias do IGC/UFMG. Esta ação, que culminou com 2 estudantes detidos e varios/varias feridos/feridas (inclusive alguns cachorros, ops, digo, policiais, atingidos por latas e pedras), mostra com que empenho se emprega o poder dos cães do Estado contra aqueles que ousam se opor a ele.

A intervenção das forças policiais foi inclusive depois apoiada por vários Doutores/Cientistas/Burocratas, tambem membros da Máfia Mineira (embora numa posição menos elevada na escala mafiosa) deixando bem claro para que nós saibamos e não nos esqueçamos, que aqueles que sobem ao Poder geralmente não sabem (nem querem) descer...

Para baixar inteiramente de grátis, sem precisar pagar direito autoral de porra nenhuma e ter acesso ao conteúdo integral do zine:

http://rapidshare.com/files/202999062/especial_drogas.rar.html

Ao “Racionalismo hóstico”

Preferiria ser instintivo,
E o sou.
Errador, cantador.
Racional não,
Que saco!!

Positivismo retrógrado,
Racional, “racionalista”
Afásico.

E o materialismo,
Da dor
Este o sou
Matéria bruta
Enxuta
Viva ou morta,
Errante ou cantante.

Do sentir,
Sem escandir
Existir
Carecer
Desmembrar

Destruir e construir!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Rádio Muda Manifesta

105.7 FM Livre Campinas-SP

Manifesto

Rádio Muda 3 X 1 PF+Anatel

"Nao temos nada a perder. Temos tudo."
Sun Tzu

Os Piratas nos atacaram.Sequestraram nosso timoneiro DJ Computer.

Hoje, dia 19/02/2009, às 5 da manhã, doze Piratas Federais (PF)
saquearam todos os equipamentos do estúdio da Rádio Muda, rádio livre que funciona há mais de 20 anos em Barão Geraldo, Campinas-SP.

Em uma ação decorrente da "Operação Silêncio", que fechou diversas rádios em todo o país, um bando de 14 homens, 12 agentes federais, 2 chaveiros (um para segurar a chave e outro para rodar?), liderados por um delegado, tomaram de assalto o estúdio a mando da juíza substituta Fernanda Soraia Pacheco Costa. Vandalizaram o estúdio, rasgaram cartazes e confiscaram todos os equipamentos. Nao havia nenhum mudeiro no momento da ação sórdida.

A Rádio Muda é uma rádio que não é ilegal, nem legal, é uma rádio livre, pois, assim como inúmeras outras, não possui fins comerciais, não pratica proselitismo religioso nem político partidário, e atua de
maneira integrada a sua vizinhança, estabelecendo uma relação de
reciprocidade através da qual quem ouve, pode falar, ou seja, todo
ouvinte é um emissor em potencial. Espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, essas rádios baseiam-se na legitimidade que suas comunidades e vizinhanças lhe conferem. Atua com baixa potência e atinge apenas uma pequena região da cidade de Campinas. Ao invés da legalidade exigida por leis estatais que legitimam um sistema corrupto e viciado de concessão de radiodifusão, a legitimidade deste tipo de prática deve ser protegida como liberdade de expressão e organização local.

Qual é o papel da radiodifusão hoje?

As rádios comerciais, consideradas legais, integram o território
nacional a partir de interesses comerciais e culturais homogeneizantes. As rádios livres, consideradas ilegais, permitem que a pluralidade cultural seja livremente expressa. Tudo aquilo que não encontra espaço na lucrativa e monopolizada mídia comercial tem a possibilidade de vazão nos meios geridos pela própria população. Mundialmente a mídia é controlada por 10 conglomerados. 40 empresas estão ligadas direta ou indiretamente a eles. No Brasil, 90% da mídia é controlada por 13 famílias. Em Campinas, a RAC (Rede Anhanguera de Comunicação) controla os principais meios de comunicação da cidade e região. Centenas de rádios não comerciais espalhadas pelo Brasil e pelo mundo atuam no sentido contrário a essa situação de monopólio, reafirmando a capacidade de toda e qualquer pessoa de produzir informação.

Rádio Livre derruba avião?

Um dos principais argumentos contra às rádios livres e de baixa potência é que constituem séria ameaça para tráfego aéreo e a comunicação de emergência. Porém, nunca um acidente aéreo foi causado por este tipo de radiodifusão. Aliás, se fosse fácil assim, com umas mil rádios comunitárias, Saddam teria vencido a invasão de Bush no Iraque.... será que ele não pensou nisso, ou será que esta informação "técnica" não faz o menor sentido?

Pra quem não sabe, aviões operam em uma frequência de rádio acima da faixa de frequência das rádio FM. Para que uma rádio FM interfira nas transmissões aéreas de rádio, é necessário primeiro que o transmissor esteja desregulado e sem filtros. Hoje em dia, é muito comum o uso de transmissores que possuem filtros de harmônicos e filtros passa-faixa, que mesmo não sendo homologado pela Anatel, está dentro da máscara de transmissão da norma brasileira de radiodifusão, ou seja, que passou por um teste técnico no qual um analisador de espectro comprova que fora da frequência de transmissão o sinal é fortemente atenuado, o que comprova sua a precisão e a capacidade de não interferência de um transmissor. O segundo fator é a potência do transmissor. A prática mostra que as rádios livre funcionam com transmissores de baixa potência (potências altas significam custos altos). Comparados aos transmissores das rádios comerciais, com potências gigantes, não representam perigo de interferência nas comunicações aéreas, mesmo com um transmissor não perfeitamente construído. Quem tem que cuidar da aferição dos seus transmissores potentes são as grandes rádios comerciais, que apresentam altos riscos de interferência na comunicação aérea!

Piratas?

Piratas são as rádios comerciais que querem o ouro!
Não estamos atrás do lucro.

Livre?

O sistema de leis estatais prevê que a organização e concessão do direito de uso para as frequências de rádio seja realizado por um grupo de pessoas restrito- técnicos, especialistas, políticos e grupos econômicos. A comunicação livre não reconhece o governo como única entidade capaz de elaborar leis e regras relativas ao funcionamento dos meios de comunicação. Propomos, através da prática, a apropriação e utilização de qualquer meio de comunicação e tecnologia. Todas as tecnologias são e deveriam ser consideradas bens universais destinadas ao desenvolvimento humano, sua inteligência, afeto e comunicação.

O conhecimento não pode ser aprisionado por leis medíocres que se baseiam em interesses mesquinhos de grupos políticos e econômicos ou mesmo de leis que não comportam a capacidade da população de produzir suas próprias informações, a partir de meios de comunicação geridos coletivamente.

Comunicação se realiza diariamente, nos momentos mais cotidianos. Ampliar essa comunicação de uma pessoa ou grupo através de meios tecnológicos é uma possibilidade e prática que amplia a democracia e a capacidade das pessoas de se comunicarem entre si: falando, ouvindo, produzindo e questionando. A comunicação está em todos nós, muito antes de existirem governos e leis que a regulamentassem: livre, intrínseca, potente e transformadora.

Conclamamos todos e todas a produzirem mais e mais meios de comunicação.

Não precisamos nos submeter ao monopólio!

Nesse carnaval, sintonize-se, atue: ações pela mídia livre espalhadas pelo território.Organize próprias ações!

A Muda não se cala!!! Voltaremos a transmitir em breve!!



Publicações sobre a Invasão da Polícia:

http://midiaindependente.org/
http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=4205
http://municipe.mandioca.org/archives/246
http://mandioca.wordpress.com/
http://www.agenciapulsar.org/nota.php?id=14500
http://www.npla.de/poonal/aktuell.shtml#BRASILIEN


Chamado por ações locais pela mídia livre!

No último dia 19 de fevereiro a Polícia Federal invadiu a Rádio Muda, rádio livre situada em Campinas e há mais de 20 ano no ar.
Em virtude desse acontecimento e pela deplorável situação atual dos meios de comunicação no mundo,

Conclamos todos e todas a realizarem ações locais pela mídia livre nesse período de carnaval. No embalo das pessoas que tomam as ruas, tomem os microfones!

Transmissões, projeções, confeccção de panfletos e zines, performances, uma conversa!

Tudo pode ser uma ação!

Divulguem no Centro de Mídia Independente e no radiolivre.org, traduzam se puderem e assim o calendário vai sendo montado

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Para pensar a dívida...

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.

A conferencia dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - aos meu país, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.

Consta no "Arquivo da Companhia das Indias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação?

Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européiase devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouros e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas a indenização por perdas e danos.


Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.



Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA" para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar:

Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto de independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10% acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de toneladas e prata, ambas elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.


Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?


Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la , sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

uuuahhhhfffroussssssssssssssssssssssss!!!!!!!!

asdghjbjhasdbav!!!!!!!!!!!!

Da Palestina para a coca-cola

Vários políticos já usaram o futebol como parte de suas plataformas. Foi assim com Mussolini, com a ditadura brasileira e argentina, com Hugo Chavez... Mas e o contrário: usar o futebol como manifestação política. Na Europa é muito comum gritos de resistência não serem silenciados. Mas no Brasil...

Existe no Nordeste, mais precisamente no Ceará, a torcida do Ferroviário chamado Resistência Coral. No jogo de disputa por uma vaga na final do primeiro turno, contra o Maranguape, os fanáticos levaram uma faixa de apoio à Palestina. A censura não demorou a chegar. E o mais engraçado é que faixa da coca-cola pode...

Confira a nota oficial da torcida:

No último sábado (14/02/2009), durante a partida Ferroviário x Maranguape no estádio Plácido Castelo (Castelão), valendo pela fase semi-final do 1° turno do Campeonato Cearense de Futebol, aconteceu um fato condenável. A torcida organizada Resistência Coral mais uma vez teve um de seus materiais censurados. Nesta ocasião tratou-se de uma bandeira que contém os seguintes dizeres "Resistência Palestina".

Antes do início da partida, a torcida organizada estendeu ao longo das arquibancadas algumas de suas faixas e bandeiras, como costumeiramente faz. No decorrer do primeiro tempo do jogo policiais pertencentes ao Batalhão de Choque aproximaram-se dos membros da Resistência Coral e, para o espanto destes e de outros torcedores corais, deram o aviso/a ordem de que a referida bandeira não poderia ficar exposta; estava proibida! Buscando entender o motivo da proibição os membros da Resistência Coral ouviram do capitão da Polícia Militar que a ordem tinha partido da administração do estádio e que a mesma alegava que a bandeira tratava-se de uma manifestação política e, por isto, não era permitida. Pasmos, os membros da torcida ainda argumentaram contra esta arbitrariedade, mas foi em vão.

Esta não é a primeira vez que a Resistência Coral foi censurada. Em mais de uma ocasião a faixa com os dizeres "Nem guerra entre torcidas, nem paz entre classes" teve que ser retirada a mando do policiamento presente nos estádios. Em 2006, na primeira vez que isto ocorreu, a polícia chegou também a rasgar com um punhal uma bandeira da torcida que continha o símbolo da foice e martelo, afirmando que "não permitirá mais referências ao comunismo nas laterais do campo".

No início de 2008 membros da Resistência Coral impetraram um mandado de segurança preventivo com pedido de liminar, a fim de combater tais arbitrariedades e evitar futuras repressões, buscando o direito respaldado pela Constituição Federal à livre manifestação de pensamento. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

EIA RIMA's

O tal do "S" tá em moda
Sustentavel, Social, tudo suspeito
Porque tudo agora tem ser foda
Porque o tal do Ambiental impõe respeito
Essa palavrinhas sao magicas
Quer aparecer, fale de sustentabilidade
Assim sua marca vai ganhar importancia
Pra todos aqueles que moram na cidade
E nao fazem a menor ideia do que é
A tal da sustentabilidade que dizem
Mas quando ouvem isso botam fé
E esquecem de qualquer possiblidade de crise
Ficam felizes com o tal do social
Como diriam os politicos em campanha
Desse jeito o politico fica legal
E com uma palavra inúmeros votos ganha
E assim vai indo a sociedade
Quando o assunto e o tal do ambiental
Vão plantando eucalipto pra cidade
Poluir de maneira legal
E assim não nos sentimos culpados
Quando abasteço no posto mais proximo
Sei que o biodiesel é natural
Vou salvando o mundo do jeito que posso
Às vezes deixa até transparecer
Mas o povo finge que não entende
Alias pra que tentar entender?
Se a unica coisa que preocupa é a dengue
Porque ela mata mais que a policia
Mata mais que qualquer politico
Porque ela eh um mosquito infernal
Dizem ate que eh um ser demoniaco
Quem sabe eu não saio daqui no carnaval
Vou pras bandas do nordeste ser feliz
E atravessar quilometros num canavial
E dizer como é bonito o meu país
Tão verde e de solos cultivados
Com a cana a soja e o milho
Tá certo que isso nem eh pra mim
Mas e tipo o tal do biodiesel
Eu comprei um carro flex pra nao poluir
Diziam que o alcool era a solução
Eu bebi toda a cachaça lá de casa
Achando que melhoraria o meu pulmão
Porque eu não fumo mas respiro o ar
Poluido da grande metropole que vivo
Daqui a poco nem o tal do mosquito vivera
Nessas terras onde poluir é um vicio
Não que eu seja contra o ambiente
Alias eu faço sempre minha parte
Comprei um caderno reciclado
Pelo menos diziam que era de verdade
Uma tal de Aracruz traz o progresso
Plantando eucalipto pra nação
Desenvolver e crescer como um grande
País exportador de opinião
Porque todo mundo aqui acha alguma coisa
E todo mundo acha que algo está errado
Mas ninguem tenta mudar isso ai
Ninguem dá um passo pro lado
Ficam só vendo televisão
Esperando que alguem resolva tudo
O mocinho da novela é tão bom
Plantou uma árvore pra salvar o mundo
Vou ficando por aqui nessa ideia
Pra nao gastar demais minha energia
Afinal não quero me cansar
E acabar de vez minha alegria
Que eh ter meu carro flex
E atravessar as serras recortadas
Pela mineiração que rasga a terra
E deixa as montanhas aplainadas
Quem sabe um dia nossa população
Entenda realmente que uma dia
O Brasil foi o paraíso do mundo
E agora ta-se acabando nessa orgia
DE "S"s infinitos em questao
Sustentavelmente o social se segura
Levando sempre em consideração
A falta de noção e a loucura
Que estamos tentando consertar
Inventando empregos para tal
E as vezes me pego rindo
Lendo uma noticia de jornal
Dizendo que o Brasil vai crescer
Vai exportar tanto minerio e ouro
Cana, açucar e papel
Esse na verdade é o nosso tesouro???
É infelizmente é o unico
Que temos a oferecer
De resto somos o terceiro mundo
Tentando se desenvolver
Acreditando que somos a salvação
Pois nossa natureza e bela
A Amazônia continua sendo
O tal do pulmão da Terra
Mas ninguem aqui se preocupa
Se lá tá tudo sendo desmatado
E ficamos nessa inercia sem luta
Mesmo sabendo que ta tudo errado
Cansei de ficar falando disso
Ja ta acabando as minhas rimas
E agora que tal trabalhar um pouco?
Vamos fazer uma EIA RIMA ...


Zé Ninguém

ATENÇÃO CALOURADA!



Créditos: N. T. S. Geo/USP

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A ACADEMIA DOS HORRORES






Lançado quando da entrada de mais uma turma de calouros na Universidade.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Zine Eleitoreiro



Lançado durante o processo eleitoreiro do DCE/UFMG.

Baixe o zine completo aqui:
http://rapidshare.com/files/199407093/Vote_em_Ninguem.rar.html

COPYLEFT 4 LIFE!